Trump nega ter aprovado ataque ao Irã, mas promete decisão sobre apoio a Israel em até duas semanas
Foto: Scott Olson/Getty Images
Horas depois de negar que teria autorizado um ataque militar contra o Irã, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou nesta quinta-feira (19) que deve decidir, nos próximos 14 dias, se o país irá se envolver diretamente no conflito em curso entre Israel e o regime iraniano. A sinalização veio após a Casa Branca ser questionada sobre uma reportagem do Wall Street Journal, que revelou que o presidente havia discutido planos ofensivos com assessores.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, explicou que Trump está monitorando atentamente as negociações diplomáticas que envolvem a escalada de tensões no Oriente Médio. “Com base no fato de que há uma chance substancial de negociações que podem ou não ocorrer com o Irã em um futuro próximo, o presidente tomará sua decisão nas próximas duas semanas”, declarou Leavitt.
A movimentação ocorre em meio à intensificação do confronto entre Israel e o Irã. Nos últimos dias, o governo de Benjamin Netanyahu lançou o que chamou de “ataque preventivo” contra instalações ligadas ao programa nuclear iraniano, com o objetivo declarado de impedir que Teerã consiga construir uma arma nuclear.
Como resposta, o Irã disparou drones e mísseis contra alvos israelenses, aumentando ainda mais a tensão na região. No último sábado (14), Netanyahu afirmou que os ataques israelenses devem prosseguir, com a meta de neutralizar todas as bases iranianas consideradas uma ameaça.
Segundo relatos, parte do programa nuclear iraniano já sofreu danos significativos. No entanto, analistas indicam que uma ação mais contundente, capaz de desestruturar totalmente o programa, exigiria armamento pesado — ou mesmo o envolvimento direto dos Estados Unidos, uma demanda que Israel tem reforçado nos últimos dias.
O Wall Street Journal publicou na noite de quarta-feira (18) que Trump teria informado a seus conselheiros que já havia aprovado um plano de ataque, mas que havia optado por adiar a ordem final para avaliar os próximos movimentos do Irã. Segundo o jornal, três fontes próximas ao presidente confirmaram a informação.
Apesar da negativa pública de Trump, o cenário diplomático e militar continua instável. A comunidade internacional acompanha com preocupação os desdobramentos, enquanto aguarda a posição oficial dos EUA sobre uma possível entrada no conflito. fonte: Metrópoles