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EUA endurecem contra estrangeiros que celebraram morte de Charlie Kirk; brasileiro é alvo

El quitavisas, ou o Tira-Vistos, em tradução livre Crédito: Divulgação

O assassinato do ativista conservador norte-americano Charlie Kirk, morto na semana passada com um tiro no pescoço durante um evento universitário em Utah, segue repercutindo internacionalmente e abrindo uma nova frente de tensão diplomática. O vice-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, anunciou medidas contra estrangeiros que usaram as redes sociais para comemorar o crime.

Entre os casos que mais chamaram a atenção está o de um neurocirurgião brasileiro, natural de Pernambuco, que publicou no Instagram uma mensagem exaltando o atirador: “Um salve a este companheiro de mira impecável. Coluna cervical”. A declaração foi considerada “a mais assustadora de todo o conteúdo depravado” já visto por Landau.

O diplomata afirmou ter orientado o setor consular a revogar imediatamente o visto do médico, caso ele tivesse, além de incluir alerta para que nunca receba outro. “Este é um profissional autorizado, que fez o juramento de Hipócrates? (…) É inconcebível”, declarou em postagem. Landau também reagiu a comentários de brasileiros no X (antigo Twitter), questionando: “Que diabos está acontecendo no Brasil?”.

Em tom simbólico, o vice-secretário tem respondido a denúncias com a imagem de “El Quitavisas” (“O Tira-Vistos”, em espanhol), reforçando que a prioridade é impedir que pessoas que demonstrem apoio a crimes violentos entrem em território norte-americano, sob o argumento de proteger a sociedade americana.

No Brasil, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também iniciou uma campanha contra os que celebraram o homicídio de Kirk. O parlamentar tem marcado Landau em publicações ofensivas e pressionado instituições a se posicionarem. Uma das primeiras repercussões foi a decisão da clínica Recife Day Clinic, que anunciou o desligamento definitivo do médico pernambucano citado pelo diplomata.

O caso tem aprofundado a polarização política nos EUA, onde a morte de Kirk, figura de destaque da direita americana, já provocava intensos debates. O atirador, um estudante de 22 anos, foi preso dois dias após o crime e confessou a autoria, mas as motivações ainda estão sob investigação. fonte: Correio 24h