Câmara de Salvador

Câmara de Salvador aprova reajuste dos servidores em meio a protestos e tensão com sindicalistas

A votação foi concluída no início da noite desta quinta-feira (22) após invasão ao auditório do Centro de Cultura por sindicalistas  |    Reprodução / Youtube

Em sessão marcada por protestos, tumulto e clima de forte tensão, a Câmara Municipal de Salvador aprovou, na tarde desta quinta-feira (22), o projeto de reajuste salarial dos servidores públicos municipais. A proposta, enviada pelo Poder Executivo, recebeu 34 votos favoráveis e nenhuma manifestação contrária. A oposição optou por se abster da votação.

A sessão plenária foi realizada no prédio do Centro de Cultura da Câmara e acabou sendo palco de confrontos verbais e da invasão de sindicalistas que protestavam contra os índices de reajuste apresentados pela prefeitura. Os manifestantes alegam que os percentuais propostos estão muito abaixo das perdas inflacionárias acumuladas e representam uma desvalorização das categorias do funcionalismo.

Segundo o texto aprovado, os reajustes variam entre 4,83% e 9,25%, de acordo com a referência e o nível do servidor. O aumento mais alto, de 9,25%, será destinado aos trabalhadores do Nível 1 / Referência A. Já os percentuais para os demais níveis são os seguintes: 6,65% para Nível 1 / Referência B; 6,27% a partir do Nível 1 / Referência C; e também 6,27% para o quadro suplementar do Magistério Público. Para os demais cargos da administração municipal, o reajuste aprovado é de 4,83%.

O descontentamento dos sindicatos se deu principalmente pela ausência de diálogo mais amplo com as categorias e pela defasagem em relação à inflação. Durante a sessão, houve tentativas de interromper a votação, gritos de protesto e confronto entre seguranças e manifestantes. A presença da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar foi acionada para conter os ânimos e garantir a continuidade dos trabalhos legislativos.

Mesmo com a aprovação do projeto, os servidores prometem intensificar a mobilização nas próximas semanas e já articulam novos atos públicos e ações jurídicas. A prefeitura, por sua vez, ainda não se manifestou oficialmente sobre os protestos. fonte: Bocão