União Brasil quer 2ª vice na Mesa da Câmara, mas esbarra em Podemos
Deputado federal Elmar Nascimento (à esquerda) e o deputado federal Hugo Motta (à direita) – Foto: Reprodução | Câmara dos Deputados.
Após ser preterido na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, o União Brasil, terceiro maior partido da Casa, busca garantir um espaço estratégico na Mesa Diretora, cuja eleição ocorrerá no próximo dia 1º de fevereiro, um sábado. Sob a liderança do deputado baiano Elmar Nascimento, o partido tenta assegurar a segunda vice-presidência, enfrentando uma disputa direta com o Podemos, liderado pela deputada Renata Abreu.
O União Brasil argumenta que seu peso político, com uma bancada significativamente maior que a do Podemos, justifica sua reivindicação. Enquanto o União Brasil conta com uma robusta representação, o Podemos possui apenas 14 deputados. Caso consiga assegurar a vaga, Elmar Nascimento desponta como o principal nome do partido para ocupar o cargo.
Inicialmente, Elmar chegou a ser apontado como favorito para a presidência da Casa Legislativa, devido à sua proximidade com o atual presidente Arthur Lira (PP-AL). No entanto, a dinâmica política foi alterada quando Lira decidiu apoiar Marcos Pereira (Republicanos) para a presidência. Essa mudança esvaziou as chances de Elmar, direcionando-o para a articulação em busca de outro espaço relevante.
O cenário na Mesa Diretora também reflete uma disputa acirrada entre os principais partidos. A presidência, com alta probabilidade de ser ocupada pelo Republicanos, deve ser seguida pela primeira vice-presidência, que tende a ficar com o PL, maior bancada da Câmara, com 93 deputados. O Podemos, por sua vez, argumenta que merece uma cadeira na Mesa Diretora em reconhecimento ao seu apoio à candidatura de Pereira desde o início da campanha.
Com as negociações em andamento e a composição da Mesa prestes a ser definida, o embate entre União Brasil e Podemos simboliza a complexidade das articulações políticas que moldam o poder legislativo. A eleição promete ser mais um capítulo decisivo no equilíbrio de forças dentro da Câmara dos Deputados. fonte: A Tarde