Líder do CV, “Charutinho”, é executado em emboscada após deixar prisão em Feira de Santana
Charutinho estava preso no presídio da Mata Escura, em Salvador – Foto: Reprodução/Redes Sociais
Feira de Santana, Bahia – Kleber Herculano de Jesus, de 46 anos, conhecido como “Charutinho”, apontado como um dos líderes do Comando Vermelho (CV), foi brutalmente executado na noite desta segunda-feira (14) na Avenida Nóide Cerqueira, em Feira de Santana. O crime ocorreu momentos após ele deixar o presídio da Mata Escura, em Salvador.
“Charutinho” estava em um veículo com sua esposa, advogado e motorista quando o carro foi interceptado por homens armados que se passaram por policiais. Segundo informações do portal Acorda Cidade, o grupo ordenou que todos saíssem do veículo e, em seguida, disparou dezenas de tiros na cabeça do traficante. A esposa, o advogado e o motorista conseguiram escapar pela vegetação.
A Polícia Civil informou, por meio de nota, que a Delegacia de Homicídios (DH/Feira de Santana) já está investigando as circunstâncias da morte. Testemunhas relataram que a vítima foi alvejada por um grupo de homens armados que fugiram em dois veículos. Guias de perícia e necropsia foram expedidas, e diligências estão sendo realizadas para identificar os suspeitos e esclarecer a motivação do crime.
Passado criminoso e ligação com a Operação El Patrón
Kleber Herculano de Jesus possuía um histórico criminal extenso. Ele foi um dos alvos da Operação El Patrón, que desarticulou uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro através de atividades ilícitas como jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada.
“Charutinho” já havia respondido por diversos crimes, incluindo homicídios, tráfico de drogas, roubo e organização criminosa. Em 2015, ele foi preso sob a acusação de liderar uma quadrilha envolvida em roubos de cargas de navios no Porto de Aratu, em Candeias.
A Operação El Patrón, deflagrada em dezembro de 2023, resultou no cumprimento de dez mandados de prisão preventiva, 33 de busca e apreensão, sequestro de 26 imóveis, bloqueio de mais de R$ 200 milhões e a suspensão das atividades de cerca de seis empresas. A operação investigava uma suposta organização criminosa que teria um deputado estadual como possível líder, resultando na prisão da esposa e de um filho do parlamentar durante as investigações. Fonte: A Tarde