Justiça Determina Penhora de Salário de Ana Hickmann em Meio a Disputa Judicial com Banco
“Não há decisão final”, afirmou a equipe jurídica de Ana Hickmann | Reprodução/Record TV.
A apresentadora Ana Hickmann enfrenta uma batalha judicial contra o Banco Original, que alega que ela possui uma dívida de aproximadamente R$ 956 mil referente a um empréstimo supostamente contratado em setembro de 2023. A Justiça de São Paulo determinou a penhora de parte dos salários da artista, e valores que seriam pagos pela Record já foram depositados em juízo.
De acordo com a decisão da juíza Juliana Koga Guimarães, Ana teria cedido seus vencimentos a uma empresa de um familiar, o que, segundo o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), permite a penhora dos valores. Assim, a emissora transferiu para uma conta judicial os montantes de R$ 329,5 mil e R$ 250 mil, que antes seriam destinados à empresa.
A defesa da apresentadora nega a dívida e afirma que o contrato de empréstimo jamais foi assinado por ela. Os advogados sustentam que as assinaturas eletrônicas presentes na documentação foram falsificadas e argumentam que a data de assinatura do contrato (15 de setembro de 2023) é anterior à sua emissão oficial (18 de setembro de 2023), o que reforçaria a tese de irregularidade. Além disso, contestam a autenticidade da assinatura digital utilizada pelo banco, alegando que não segue os padrões homologados pelo ICP Brasil, órgão responsável pela certificação digital no país.
Ana Hickmann também relaciona o caso às fraudes financeiras que afirma ter descoberto em seu nome, supostamente cometidas por seu ex-marido, Alexandre Corrêa. A apresentadora revelou que sua separação foi motivada pela descoberta de dívidas contraídas por ele sem seu conhecimento. Em dezembro de 2023, Ana registrou um boletim de ocorrência por violência doméstica contra Corrêa.
O Banco Original, por sua vez, mantém sua posição e afirma que a contratação do empréstimo foi realizada por meio do aplicativo da instituição, utilizando senha e token pessoal da apresentadora. “A executada falta com a verdade. Ela tinha total consciência, já que a própria abriu a conta corrente, recebeu o valor do banco e utilizou os recursos, inclusive mediante transferência de valores para empresas de sua propriedade”, argumenta a instituição no processo.
Diante da controvérsia, a Justiça determinou a realização de uma perícia para analisar a autenticidade das assinaturas no contrato. A defesa da apresentadora reforça que o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) já identificou a falsificação de outras 11 assinaturas dela em contratos particulares. O caso segue em andamento, e a conclusão da perícia será determinante para os próximos desdobramentos da ação. Bocão News