Projeto “Aula Viva” leva cultura, memória e sustentabilidade ao Subúrbio Ferroviário de Salvador

Fotos: Jefferson Peixoto / Secom PMS – Reportagem: Nilson Marinho e Mateus Soares / Secom PMS

Na tarde desta quinta-feira (18), o bairro de Itacaranha, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, recebeu a primeira edição do projeto “Aula Viva: Leituras de Salvador”, uma iniciativa da Casa das Histórias de Salvador (CHS), da Galeria Mercado e da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult). A atividade, realizada no Quintal Sensorial, integra a programação educativa de setembro e busca aproximar a cultura e a memória da cidade das comunidades locais, aliando arte, educação e sustentabilidade.

O projeto tem como objetivo descentralizar a atuação dos equipamentos culturais da capital, levando suas ações para espaços alternativos e fortalecendo a relação entre patrimônio, história e cotidiano. A programação incluiu práticas corporais, contação de histórias, oficinas e intervenções artísticas, todas gratuitas, em um espaço marcado pela vegetação e pelo contato com a natureza.

Segundo Nell Araújo, gerente de Educação e Conteúdos da Casa das Histórias e da Galeria Mercado, a proposta é conectar a CHS a diferentes territórios da cidade:
“Estamos iniciando hoje em Itacaranha, mas a cada mês o projeto será levado a outros locais com relevância cultural e histórica, criando pontes entre educação e comunidade”, afirmou.

O diretor de Cidadania Cultural da Secult, Chicco Assis, destacou o caráter transformador da experiência:
“Estar em ambientes como o Quintal Sensorial amplia a vivência do público, permitindo novas formas de mediação cultural e reforçando a função social dos nossos equipamentos”, disse.

Idealizado pela pedagoga Ivana Magalhães, o Quintal Sensorial foi aberto ao público como espaço de reconexão com o mundo vegetal e de valorização da educação ambiental inspirada nas culturas indígenas e africanas. Na atividade, crianças atendidas por um projeto social da Gamboa de Baixo participaram de uma imersão etnobotânica, conheceram plantas, aromas, usos medicinais e alimentares, além de aprenderem sobre o peguari, espécie marinha tradicional na culinária da região, ameaçada pela poluição e pelas mudanças climáticas.

A professora Joelma Souza, coordenadora do projeto social, ressaltou a importância da experiência para os jovens no pós-pandemia:
“Além do reforço escolar, queremos unir educação, arte e cultura. Aqui, eles vivenciam harmonia com a natureza e aprendem sobre preservação ambiental”, explicou.

Entre os participantes, a estudante Isis Melissa Santos Rocha, de 11 anos, aprovou a iniciativa:
“Gostei de tudo. Amo plantas e frutas. Aprendemos sobre o peguari e a importância de cuidar do meio ambiente e não jogar lixo”, disse.

A Galeria Mercado e a Casa das Histórias de Salvador são equipamentos culturais da Prefeitura, geridos pela Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) no Brasil, em cooperação internacional. fonte: Secom