Joia com iniciais de chefe do tráfico vira polêmica após aparecer em influenciador baiano
Diego Pinto de Albuquerque, conhecido como Gravetinho, é um dos líderes do CV | foto divulgação
Diego Pinto de Albuquerque, conhecido como “Gravetinho” ou “GVT”, voltou a ser assunto nas redes sociais, mas desta vez por um motivo inusitado: uma de suas correntes de ouro e diamante, famosa no submundo do crime carioca, apareceu no pescoço do influenciador baiano Vinícius Oliveira Santos, o “Boca de 09”.
Na imagem publicada na última terça-feira (22), o influenciador posa exibindo a peça cravejada com as iniciais “GVT” — supostamente uma alusão direta ao apelido de Gravetinho — enquanto faz o gesto do número 2 com as mãos. A foto rapidamente viralizou, chamando atenção não só pelo valor da joia, mas pelo que ela representa: uma possível ligação simbólica com um dos nomes mais temidos do tráfico no Rio de Janeiro.

Internautas reagiram de imediato, alertando Boca de 09 sobre os riscos do “brinquedo” que carregava. Muitos destacaram que o símbolo poderia ser mal interpretado na Bahia, onde a facção Bonde do Maluco (BDM) — rival do Comando Vermelho (CV), ao qual GVT estaria ligado — costuma usar o número 3 como código. O receio de represálias e mal-entendidos se tornou pauta entre os seguidores do influenciador.
Segundo o portal Metrópoles, Gravetinho é apontado como um dos principais líderes do CV no Rio, controlando áreas estratégicas como o Morro da Congonha, em Madureira, o Complexo da Maré e atuando como gerente do tráfico no Morro do Faz Quem Quer, em Rocha Miranda. A ostentação das joias é mais que um capricho estético — é um símbolo de poder e status dentro da hierarquia do crime.
Além disso, GVT seria próximo de Wilton Carlos Rabelho Quintanilha, o “Abelha”, ex-presidiário e também figura influente no tráfico fluminense. A exibição dessas joias em redes sociais, portanto, vai muito além do luxo: é leitura de território, de aliança e, em muitos casos, de provocação.
Até o momento, Boca de 09 não comentou o episódio, mas a repercussão segue intensa, misturando cultura pop digital com os códigos de um submundo que se comunica através de símbolos tão chamativos quanto perigosos. fonte: Bocão