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Advogada assassinada na Bahia pode ter sido realizada por facção criminosa, dizem pesquisadores

Maria das Graças era considerada por alguns como mais que uma defensora da facção  |    Acervo Pessoal e Reprodução | Giro Ipiaú

A advogada criminalista Maria das Graças Barbosa dos Santos, de 50 anos, foi morta a tiros na última segunda-feira (24) em Ipiaú, no sul da Bahia. Segundo as investigações preliminares, ela pode ter sido executada pelo Comando Vermelho (CV), sob a suspeita de atuar em favor do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa rival.

De acordo com informações divulgadas pelo jornal Correio e relatos de policiais sob anonimato, Maria das Graças era vista como mais do que uma defensora de seus clientes. “Era considerada uma ‘integrante’ do PCC. Frequentemente exaltava seus clientes dentro da delegacia, o que pode ter sido interpretado como uma provocação ao Comando Vermelho”, afirmou um dos agentes.

Nas redes sociais, onde era conhecida como “Doutora Gal” ou “Gal Barbosa”, a advogada acumulava quase 15 mil seguidores. Entre seus clientes estava Marcos Antônio dos Santos Chaves, nomeado de “Playboy”, uma das lideranças do PCC na região sul da Bahia. Preso no início do mês durante uma operação das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO), ele foi apontado como responsável por ordenar execuções de rivais em diversas cidades, como Jequié, Ibirataia e Gandu.

Segundo a Polícia Civil, homens armados invadiram a casa da advogada, que tentaram fugir, mas foram alcançados e mortos a tiros. A Delegacia Territorial de Ipiaú conduz uma investigação para esclarecer os motivos e identificar os responsáveis ​​pelo crime. fonte: Bocão