Brasil Registra Mais de 6,5 Milhões de Casos de Dengue em 2024, com Quase 6 Mil Mortes Confirmadas
Paulo Pinto/Agência Brasil
Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses revelam que o Brasil enfrenta um grave surto de dengue em 2024, com 6.590.575 casos prováveis registrados até o momento. As mortes confirmadas pela doença somam 5.872, enquanto outras 1.136 estão sob investigação. O coeficiente de incidência nacional atinge 3.245 casos por 100 mil habitantes.
O estado de São Paulo lidera em números absolutos, com 2,1 milhões de casos prováveis, seguido por Minas Gerais (1,6 milhão), Paraná (653,8 mil) e Santa Catarina (348,5 mil). Já o Distrito Federal apresenta o maior coeficiente de incidência do país, com 9.876 casos por 100 mil habitantes, seguido de Minas Gerais (8.233), Paraná (5.713) e São Paulo (4.841).
Ações de Monitoramento e Controle
Diante do aumento expressivo de casos, o Ministério da Saúde intensificou ações de vigilância e controle em regiões mais afetadas. Recentemente, a equipe da pasta concluiu trabalhos no Mato Grosso e agora foca em Minas Gerais, com previsão de estender as ações ao Espírito Santo, estado onde doenças emergentes como febre do Oropouche preocupam as autoridades sanitárias.
Em nota, o Ministério informou que as iniciativas buscam atualizar dados epidemiológicos, revisar estratégias de prevenção e controle e alinhar esforços com estados e municípios. “Os três estados enfrentam desafios específicos. Em Mato Grosso, os casos de chikungunya estão em alta, enquanto no Espírito Santo houve aumento na febre do Oropouche. Minas Gerais, por sua vez, enfrenta o risco de aumento da febre amarela, com necessidade de ampliação da cobertura vacinal e reforço na vigilância de primatas não humanos, sentinelas da circulação viral.”
Próximas Etapas
As equipes técnicas estão realizando levantamentos detalhados para identificar áreas prioritárias e melhorar a resposta ao surto de arboviroses. Entre as atividades previstas estão a atualização de dados sobre coberturas vacinais, análise de estoques de vacinas e insumos laboratoriais, revisão de métodos de análise de risco e a definição de estratégias mais eficazes para conter a expansão das doenças.
A resposta reforçada pretende reduzir o impacto das arboviroses em um ano de números alarmantes, demandando ação conjunta entre autoridades locais, estaduais e federais. fonte: Informe baiano