Tráfico Internacional de Armas: Justiça mantém prisão de integrante do PCC e CV e MPF pede aumento de pena
Ação penal original da Operação Dakovo foi desmembrada considerando-se os núcleos de atuação dentro da organização criminosa – Foto: Reprodução
A Justiça Federal condenou mais um réu da Operação Dakovo, um dos maiores esquemas de tráfico de armas do Brasil. O acusado, membro do núcleo que comprava armas do Paraguai para abastecer facções criminosas como o PCC e o Comando Vermelho, foi sentenciado a seis anos e nove meses de prisão.
No entanto, o Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão, pedindo o aumento da pena. Segundo a Procuradoria, a sentença não é proporcional à gravidade do crime, uma vez que o réu integrava uma rede criminosa estável e hierarquizada, responsável por levar armamento pesado a comunidades carentes, aumentando a violência letal.
Punição severa e combate ao crime organizado
A condenação também inclui o pagamento de R$ 50 mil por danos morais coletivos, que serão revertidos ao Fundo Nacional de Segurança Pública. Além disso, todos os bens e valores do réu serão confiscados e incorporados à União.
A Justiça manteve a prisão preventiva do réu, considerando o risco que sua soltura representa para a ordem pública e seu envolvimento direto na compra de armas para as facções criminosas. O MPF, que já conseguiu outras oito condenações na Operação Dakovo, reforça a importância de uma resposta penal à altura do crime para combater o tráfico internacional de armas.
A Operação Dakovo foi deflagrada após a apreensão de fuzis na Bahia em 2020. As investigações revelaram uma complexa rede que importava armas da Europa e da Turquia, usando empresas de fachada e corrupção para levá-las ao Brasil, abastecendo o crime organizado. No total, 28 pessoas foram denunciadas por tráfico internacional de armas, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Fonte: A Tarde