Popularidade das “canetas para emagrecer” cresce, mas uso sem acompanhamento médico preocupa especialistas
Ozempic vem sendo utilizado para o rápido emagrecimento entre famosas e sociedade civil – Foto: Reprodução
O mercado de medicamentos injetáveis para emagrecimento tem ganhado cada vez mais destaque, impulsionado pela busca por soluções rápidas para perda de peso. Substâncias como semaglutida e tirzepatida, presentes em fármacos como Ozempic, Wegovy, Mounjaro e Saxenda, foram inicialmente desenvolvidas para tratar diabetes tipo 2, mas se popularizaram como aliados na redução de peso. No entanto, especialistas alertam para os riscos do uso indiscriminado sem acompanhamento médico.
A crescente demanda por essas medicações foi impulsionada por estudos que comprovam sua eficácia na regulação do apetite e metabolismo, além da ampla divulgação por influenciadores digitais e celebridades. As “canetas para emagrecer” atuam imitando hormônios que controlam a saciedade e o nível de açúcar no sangue, proporcionando uma perda de peso significativa. Entre os medicamentos mais conhecidos, estão:
- Ozempic (Semaglutida): Aplicação semanal com preços entre R$ 994 e R$ 1.308.
- Wegovy (Semaglutida): Indicado especificamente para emagrecimento, custa de R$ 893 a R$ 2.365.
- Mounjaro (Tirzepatida): Importado com receita médica, varia de R$ 970 a R$ 3.836.
- Zepbound (Tirzepatida): Regulamentado nos EUA, preço estimado em R$ 6 mil.
- Saxenda (Liraglutida): Aplicação diária, preços entre R$ 842 e R$ 1.052.
- Victoza (Liraglutida): Inicialmente para diabetes tipo 2, custa de R$ 551 a R$ 701.
Apesar dos benefícios na perda de peso, o uso sem prescrição médica pode trazer efeitos colaterais como náusea, vômito, diarreia, dor abdominal e fadiga, além do risco de deficiências nutricionais devido à baixa ingestão de alimentos.

“O uso inadequado dessas substâncias pode comprometer a saúde do paciente. Elas foram desenvolvidas para controle da diabetes e devem ser utilizadas sob rigoroso acompanhamento médico e nutricional”, alerta o nutricionista clínico e esportivo Felipe Ferreira.
O aumento na procura também gerou preocupações quanto ao acesso indiscriminado e ao uso sem controle, o que reforça a necessidade de um debate sobre segurança e regulamentação desses medicamentos no Brasil. fonte: A Tarde