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Maior Caso Contra o PCC Prescreve, e Marcola é Absolvido Junto a Outros 174 Réus

Reprodução / Redes Sociais

Após mais de uma década de tramitação, a Justiça de São Paulo reconheceu a prescrição da ação penal que mapeou a estrutura e o fluxo financeiro do Primeiro Comando da Capital.

A maior investigação já conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) foi encerrada sem a condenação de nenhum dos réus. No dia 2 de dezembro, a 2ª Vara de Presidente Prudente extinguiu a punibilidade dos 175 acusados, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder máximo da facção, devido à prescrição da pretensão punitiva.

A decisão encerra definitivamente o processo que, em 2013, era considerado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) o “maior mapeamento da história do crime organizado no Brasil”.

A denúncia original, apresentada em 2013, era resultado de três anos e meio de interceptações e detalhava a estrutura de comando, o fluxo de drogas e armas, fornecedores internacionais e planos de crimes da facção, que, na época, estimava-se movimentar cerca de $\text{R}$ 10 milhões mensais em 22 estados e países vizinhos.

Apesar da gravidade dos fatos e do vasto volume de provas, o processo não avançou para o julgamento de mérito por mais de dez anos devido a liminares, recursos sucessivos e disputas procedimentais. Em 2025, quando o mérito foi analisado, a juíza constatou que todos os crimes imputados haviam ultrapassado o limite temporal previsto em lei, tornando a continuidade da persecução penal impossível.

Em nota, o advogado de Marcola, Bruno Ferullo, afirmou que a decisão apenas cumpre o ordenamento jurídico, sendo a prescrição uma “garantia constitucional” que reforça o devido processo legal. Fonte: Bnews