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Jovem de 26 Anos é Assassinada brutalmente em Contexto de Conflito Familiar

foto: Instagram

Gleyce da Silva Bomfim, 26 anos, recém-casada, é encontrada morta em cenário de violência doméstica.

Gleyce da Silva Bomfim, uma jovem descrita como “educada, discreta, meiga, inteligente, feliz e trabalhadora” pelos irmãos, teve sua vida interrompida tragicamente no último domingo, 15 de dezembro de 2024. Aos 26 anos, Gleyce havia oficializado seu casamento com o Soldado João Paulo Freire, da 16ª CIPM, apenas cinco dias antes, em 10 de dezembro.

Gleyce no dia do casamento em 10/12/2024

A relação, no entanto, já mostrava sinais de tensão. Gleyce se queixava do comportamento da sogra e do cunhado, João Pedro Freire, irmão gêmeo de seu marido. Ambos, que vieram de Jequié para o casamento, permaneceram na casa após a cerimônia, criando um ambiente de convivência conturbada. Relatos de desentendimentos constantes entre Gleyce, sua sogra e o cunhado tornaram-se frequentes, principalmente pelo descontentamento da jovem com a permanência dos parentes do marido.

foto: roupas reviradas no local do crime
foto: (tiradas pela familia de Gleyce) roupas reviradas no local do Crime

Um Final de Semana Marcado por Conflitos

No sábado, 14 de dezembro, a família foi à praia e publicou fotos nas redes sociais, mostrando momentos aparentemente tranquilos. Porém, a tensão estava longe de ser resolvida. À noite, Gleyce postou um story no Facebook com a mensagem: “Não sou uma pessoa difícil de lidar, mas sim difícil de ser enganada e manipulada.” Pouco depois, seus irmãos perceberam que ela havia sido excluída das redes sociais pelo marido, atitude que ela retribuiu ao também excluí-lo.

A sequência de desavenças se intensificou durante o domingo, culminando em um cenário de violência extrema na residência. Sinais de luta corporal foram encontrados: roupas espalhadas, móveis quebrados, espelhos destruídos, e uma caixa de munições vazia. Gleyce foi encontrada morta com dois tiros — um no abdômen e outro na cabeça.

Tentativa de Encobrir o Crime

Após os disparos, a mãe de Gleyce, Ana Lícia, ouviu o barulho e correu para ajudar a filha. Ao tentar entrar na casa, foi impedida por João Eduardo, cunhado da vítima, com quem entrou em luta corporal ao perceber que Gleyce havia sido assassinada. Em uma tentativa de alterar a cena do crime, os suspeitos lavaram as escadas com água e alvejante, sumiram com a arma utilizada, as cápsulas de munição e o celular da jovem.

O Soldado João Paulo Freire, sua mãe e seu irmão fugiram, gritando para os vizinhos que Gleyce havia cometido suicídio. No entanto, os disparos foram ouvidos por testemunhas, o que contradiz a versão apresentada.

Investigação em Curso

Segundo informações preliminares, foi encontrado pelos investigadores unhas quebradas supostamente de Gleyce no banheiro e sinais de briga corporal no imóvel, que pode caracterizar envolvimento de todos na agressão e posteriormente na morte da vítima, mas só as investigações poderão afirmar através de laudos técnicos e exames de corpo de delito na vítima.

O caso está sob investigação pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Itapoã. Gleyce deixa uma filha de 7 anos, fruto de um relacionamento anterior.

A trágica morte da jovem ressalta a importância de investigar de forma rigorosa os casos de violência doméstica e familiar, que muitas vezes se desenvolvem de forma silenciosa até chegarem a um desfecho fatal.

O sepultamento de Gleyce aconteceu às 16:30 no Cemitério 1ª Ordem de São Francisco.