Febre em crianças: quando se preocupar e buscar ajuda médica?
Febre: valor da temperatura não define, por si só, a gravidade da doença Crédito: (Imagem: Ground Picture | Shutterstock)
A febre é um dos motivos mais comuns para levar as crianças ao pediatra. Embora seja uma reação natural do corpo para combater infecções, como vírus e bactérias, ela pode assustar os pais, que muitas vezes se preocupam com doenças graves ou convulsões. No entanto, especialistas alertam que o valor da temperatura no termômetro, por si só, não define a gravidade do quadro. O mais importante é observar o estado geral da criança.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) agora considera que a febre ocorre quando a temperatura axilar atinge 37,5°C. Antes, a marca era de 37,8°C. Essa mudança, que alinha o Brasil às referências internacionais, serve para estudos clínicos e não para indicar automaticamente a necessidade de medicação.
Quando é o momento de agir?
Ao notar que seu filho está com febre, a primeira medida é monitorar de perto a evolução da criança. A decisão de medicar ou procurar atendimento médico deve considerar outros sintomas, como:
- Comportamento: A criança continua animada, brincando e se alimentando? Ou está mais irritada, chorando e sem apetite?
- Sinais de alerta: Observe se há falta de ar, prostração, falta de urina ou se ela não está conseguindo comer ou beber líquidos.
- Resposta à medicação: A febre e os sintomas não cedem mesmo após o uso correto de antitérmicos?
Os especialistas recomendam que os pais evitem a prática de alternar diferentes tipos de medicamentos, pois isso pode aumentar o risco de superdosagem. A hidratação é fundamental para o bem-estar da criança durante o episódio de febre.
Lembre-se: uma febre baixa, sem outros sinais de desconforto, geralmente não é motivo para ir ao pronto-socorro. Priorize a observação do estado geral do seu filho. Caso perceba qualquer um dos sinais de alerta, não hesite em buscar ajuda médica. Fonte: Correio 24hrs