“Serial Killer de Alagoas Visitava Lápides de Vítimas e É Apontado Como o Maior da História do Estado”
Assassino tirava foto com lápides de suas vítimas Crédito: Divulgação/Polícia Civil de Alagoas
A Polícia Civil de Alagoas desvendou uma série de assassinatos em Maceió atribuídos a Albino Santos de Lima, de 42 anos, considerado o maior serial killer da história do estado. Ele é acusado de matar pelo menos dez pessoas, sete mulheres e três homens, com crimes cometidos entre 2019 e 2024. A investigação revelou detalhes perturbadores, como visitas de Albino aos cemitérios das vítimas para tirar selfies nas lápides e a manutenção de registros minuciosos dos crimes em seu celular.
Prisão e Evidências Cruciais
Albino foi preso em 17 de setembro de 2024, após o assassinato de Ana Beatriz, de 13 anos, morta a tiros ao sair de uma arena esportiva. A prisão ocorreu no bairro Vergel, próximo à sua residência, onde foram apreendidos uma pistola calibre 380 e seu celular. A arma foi vinculada, por provas de balística, a dez homicídios, incluindo o de Ana Beatriz. No celular, pastas nomeadas como “Odiada Instagram” e “Mortes especiais” continham fotos e dados das vítimas, calendários com datas dos crimes e prints de reportagens sobre os assassinatos.
Perfil das Vítimas e Metodologia
As vítimas eram majoritariamente jovens, pardas e de cabelo cacheado, sem qualquer ligação com facções criminosas, ao contrário do que Albino alegava em sua defesa. Entre as sete mulheres assassinadas, duas eram adolescentes de 13 anos, e uma era uma mulher trans. Segundo a delegada Tacyane Ribeiro, Albino possuía uma obsessão por pessoas com características físicas semelhantes, possivelmente motivada por algum trauma ou rejeição. Ele monitorava as vítimas pelas redes sociais, um comportamento que serve de alerta sobre os riscos de exposição online.
Investigações e Confissão
Após a prisão, Albino confessou oito dos dez homicídios. Ele agia de forma calculista, sempre à noite, usando roupas escuras e boné para dificultar a identificação. Os crimes ocorreram em um raio de 800 metros de sua residência, com modus operandi semelhante em todos os casos. A conexão entre os assassinatos foi possível graças a imagens de câmeras de segurança e à análise balística conduzida pela perícia criminal.
Impacto e Repercussão
A Polícia Civil descreveu Albino como um “predador frio e calculista”. A delegada Ribeiro destacou a falta de remorso do acusado e a obsessão pelos registros dos homicídios, reforçando seu perfil sociopata. O advogado de defesa de Albino, Geoberto Luna, confirmou a intenção de basear a defesa em sua alegada condição psicológica, classificando-o como sociopata.
Crimes em Série
A sequência de crimes começou em outubro de 2023, com o assassinato de uma jovem de 21 anos, e seguiu com outros nove homicídios, cinco deles em 2024. Todas as vítimas foram mortas a tiros de pistola calibre 380. Albino não tinha vínculos pessoais com as vítimas, mas demonstrava meticulosidade em sua escolha e execução.
A investigação segue com a reabertura de inquéritos de homicídios anteriores para verificar possíveis novas conexões, reforçando a importância da perícia técnica no desvendamento de crimes em série. fonte: Correio24h