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Turbilhão Feminino: A América é nossa!

Foto: Staff Images Woman / CONMEBOL

Peço licença aos nossos seguidores que torcem por outro time, mas hoje usarei o espaço que é cedido pelo Bahia Notícias ao Turbilhão Futebol feminino para falar da inédita conquista do Palmeiras feminino na Libertadores. Falar do Palmeiras sempre é fácil para mim. O Palmeiras que eu acompanho desde 1994, mas existe desde 1914. Somos a realidade dos sonhos de jovens imigrantes operários italianos. Como disse a, meio campista, Sâmya: “o maior campeão do Brasil”. Somos! Hoje digo e repito que o Palmeiras foi Avanti. As Palestrinas ganharam uma parede no Allianz. Guiadas pelo futebol bem jogado lema do professor Ricardo Belli, fomos a Quito jogar a obsessão (nota extra oficial: Quando informaram as 20 atletas que nos representariam as marquei no meu Instagram pessoal falando que era obrigação). Dentro de campo uma palavra demonstrou o sentimento que nos guiou a conquista inédita: união. Diversas vezes repetidas pela verdadeira capitã e dona da faixa Bia Zaneratto. Das defesas de Jully e Amanda, dos 19 gols feitos, do pulo que a Carolzinha deu no Belli após o gol da Day Silva, das arrancadas de comemoração que a Vanessa dava a cada gol, esquecendo completamente da altitude. A união prevaleceu. No Twitter (rede social que não tenho, mas acompanho prints) me impressiona que no momento mais especial vivido por cada atleta, comissão e diretoria, ao invés da comemoração ressuscitaram assuntos que deveriam estar enterrados dentro do clube. Da sexta, 28/10, para cá apenas uma frase deveria ser falada (ou digitada) por nós torcedores: somos donos da América. Teve dança da Day, teve selfie da Ary, teve a Duda dando aula de espanhol, teve o choro da Jully, teve a oração de um elenco que se recuperou de um sentimento horrível de uma semi que ficou engasgada e, acima de tudo, teve um Palmeiras que superou críticas (que eu as fiz) e foi campeão. Teve Palmeiras e isso basta. A história foi construída diante dos nossos olhos, com a vibração da nossa torcida, com os gritos e choro daqueles que nunca deixaram de respirar o verde que nos conduz, o verde que pintou a América. Foi o Palmeiras da Poliana que chegou agorinha ao clube, mas também da Juliana Passari que está desde o começo (2019). É o Palmeiras da Zaneratto que já é conhecida no mundo inteiro, mas também é o da Giovanna, nossa cria da base. É o Palmeiras da Byanca Brasil que reza lenda mudou de nome e agora é Byanca America. É o Palmeiras da Awanny, da Sochor, da Camilinha, da Andressinha, da Júlia, da Calderan e da Carol Rodrigues. É o Palmeiras de quem foi a Quito, mas de quem ficou em Vinhedo. É o Palmeiras do seu Zé e da Dona Maria. É o Palmeiras da mãe da Day e é o Palmeiras de todas as mães e pais que nos ensinaram a amar e respeitar esse clube. É o Palmeiras Campeão da Libertadores Feminina 2022. *O texto foi escrito por Caio Henrique (@chpdas) colaborador do Turbilhão Feminino e não, necessariamente, reflete a opinião de outros colaboradores.Bahia Noticias

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