Tiroteios geram medo e escolas pedem reforço policial na Federação
Tiroteio no Parque São Brás, no Engenho Velho da Federação Crédito: Arisson Marinho/ CORREIO
A sequência de tiroteios no Engenho Velho da Federação, em Salvador, tem provocado apreensão entre pais de alunos e levado escolas particulares a adotarem medidas emergenciais de segurança. Na terça-feira (5), um suspeito de envolvimento com o tráfico foi morto durante confronto com a polícia na localidade conhecida como Forno. Horas depois, a escola Gurilândia, situada na movimentada avenida Cardeal da Silva, enviou um comunicado aos pais informando que as aulas seriam mantidas, mas com apoio da Polícia Militar solicitado como precaução.
Apesar da garantia de segurança interna, o clima entre os responsáveis é de tensão. Muitos temem que as trocas de tiros nas redondezas resultem em episódios de bala perdida ou até invasões durante horários de entrada e saída dos alunos. “Fico com medo de algo acontecer do lado de fora enquanto espero minha filha”, relatou uma mãe, que pediu anonimato.
Na manhã seguinte ao primeiro confronto, uma nova operação da PM resultou em mais uma troca de tiros e outro suspeito baleado, que não resistiu. A recorrência dos episódios violentos tem deixado pais e gestores escolares em estado de alerta. O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino da Bahia (Sinepe), Wilson Abdon, afirmou que casos como esse vêm se repetindo em diversas regiões da capital. “As escolas estão fazendo o possível para preservar a segurança, mas o entorno está cada vez mais comprometido”, disse.
Em julho, mais de 140 alunos chegaram a ter as aulas suspensas no mesmo bairro por conta de uma operação policial que terminou com dois mortos. A Secretaria Municipal de Educação e a Secretaria Estadual foram procuradas, mas não responderam sobre o impacto da violência armada no calendário letivo das instituições.
Enquanto isso, as escolas seguem buscando apoio das autoridades e reforçando protocolos de segurança, tentando manter a normalidade em meio a um cenário de crescente insegurança urbana. Fonte: Correio 24h