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Idosos e Vulneráveis Dominam Milícias de Maduro em Meio a Tensão com os EUA

Eneas De Troya/Flickr

A escalada de tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos – intensificada pelo aumento da presença militar americana no Caribe e ações contra embarcações venezuelanas sob o pretexto de combate ao narcotráfico – levou o presidente Nicolás Maduro a ordenar o treinamento de civis para a defesa do país. Após o presidente Donald Trump ironizar as forças mobilizadas, Maduro usou as redes sociais para divulgar vídeos de sua população em treinamento, reforçando a seriedade da ameaça percebida.

No entanto, a composição das mais de 5.300 unidades comunitárias de milícias formadas na Venezuela levanta sérias preocupações. Segundo informações divulgadas pelo site DW, o perfil predominante entre os convocados para integrar o braço civil das Forças Armadas – a Milícia Nacional Bolivariana – é de pessoas em situação de pobreza e com uma alta presença de idosos.

Maduro alega que mais de 8,2 milhões de pessoas fazem parte dessa milícia. Contudo, fontes ouvidas pelo DW indicam que a adesão não é totalmente voluntária: há denúncias de que pessoas pobres, cuja subsistência depende diretamente da ajuda e dos programas sociais do Estado, estão sendo coagidas a se alistar no grupo paramilitar. Esse cenário sugere que a vulnerabilidade social estaria sendo explorada para inflar as fileiras da milícia em um momento de alta tensão internacional. Fonte: Bnews