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Grupo de rodoviários faz protesto fechando a saída da Estação da Lapa

Um grupo de rodoviários demitido pela extinta empresa CSN faz um protesto na tarde desta quarta-feira (24), fechando a saída da Estação da Lapa, em Salvador.

Segundo a Superintendência de Trânsito e Transalvador do Salvador (Transalvador), o grupo está com faixas na região impedindo a saída de ônibus. A situação provoca congestionamento na região, embora a quantidade de manifestantes não seja muito grande, e afeta também a vida de passageiros, com o fluxo de ônibus interrompido.

Os trabalhadores demitidos da CSN cobram pagamento de direitos trabalhistas, situação que se arrasta desde que a empresa fechou. A Secretaria da Mobilidade (Semob) repudiou a manifestação e disse que está em diálogo com o sindicato.

A categoria também está em negociação salarial, com greve anunciada para essa quinta-feira (25) – a paralisação deve ser finalmente decidida na tarde de hoje, em uma assembleia. Eles vão decidir se aceitam reajuste de 4,20% e os outros itens propostos pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A proposta não inclui nenhum tópico em relação aos rodoviários demitidos pela CSN.

Dinheiro
A Justiça do Trabalho da Bahia anunciou esse mês que irá liberar R$ 2,391 milhões para pagamento de ex-trabalhadores da CSN Transportes. A decisão foi informada em reunião ocorrida em 12 de maio ao Sindicato dos Rodoviários e ao Ministério Público do Trabalho, de acordo com o TRT-5. A estimativa é que o depósito aconteça em 15 dias.

O recurso foi obtido através de pedido de cooperação judicial. O valor veio de depósitos da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), que estão sendo vendidos.

Entenda o caso
Em 2021 foi homologado acordo para o pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores da CSN. No acordo, dentre outras obrigações instituídas para as empresas do Grupo CSN, foi previsto o pagamento de R$ 74,663 milhões.

Do montante original foram pagos R$ 20,637 milhões, com recursos vindos do Município de Salvador e o remanescente não foi quitado. Por isso, foi ajuizada uma ação de execução, em curso na Secretaria de Execução e Expropriação do TRT-5.

Desde o início da ação executiva a SEE penhorou e vem tentando alienar judicialmente imóveis da CSN e demais empresas que integram o grupo, já indicados desde o momento da pactuação do acordo para que o produto da venda fosse direcionado à quitação da dívida.

Fonte: Correio 24hs

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