Política

AL-BA discute futuro de Binho Galinha após operação da PF

Foto: redes sociais

A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) viveu um dia de tensão nesta quarta-feira (01/10), quando a reunião do colégio de líderes e da Mesa Diretora, inicialmente voltada a pautas administrativas, foi tomada pela crise política envolvendo o deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha. Apontado pela Polícia Federal como chefe de uma facção criminosa ligada a crimes como jogo do bicho, extorsão, roubo de veículos e homicídios, o parlamentar está foragido desde as primeiras horas do dia, após ser alvo da Operação Estado Anômico.

Nos bastidores, cresce a pressão para que o Legislativo baiano dê uma resposta firme diante da gravidade das acusações. Uma das possibilidades avaliadas é a suspensão do mandato de Binho Galinha, o que abriria caminho para a posse do suplente Josafá Marinho. Fontes ouvidas indicam que o caso gera constrangimento entre os deputados e deve acelerar uma decisão institucional.

A operação, conduzida em conjunto pelo Gaeco/MP-BA, Polícia Federal, SSP-BA e a Corregedoria da PM, cumpriu mandados em Salvador, Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos. Além do bloqueio de até R$ 9 milhões em bens, foram determinadas prisões preventivas, incluindo a esposa e o filho do deputado. Investigações apontam que, mesmo sob medidas cautelares, o parlamentar continuava liderando o grupo criminoso por meio de empresas de fachada e laranjas.

O caso representa um novo desdobramento da Operação El Patrón, deflagrada em dezembro de 2023, e expõe a necessidade urgente de posicionamento da AL-BA diante de uma situação que abala a credibilidade da Casa. fonte: IB