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Assassinato da Delegada Patrícia Neves: Linha do Tempo e Detalhes

A ordem dos fatos envolvendo a morte da delegada foi apresentada pela Polícia Civil nesta terça-feira (13/8), no Centro de Operações e Inteligência (COI), em Salvador, durante uma coletiva de imprensa. Estiveram presentes o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner, e a Delegada-Geral, Heloísa Brito, que relatou a linha cronológica dos eventos.

– Em maio deste ano, Patrícia registrou uma ocorrência na Delegacia Territorial (DT) de Santo Antônio de Jesus contra Tancredo Neves Feliciano de Arruda por agressão. Ele foi autuado por lesão corporal, mas, após o alvará de soltura, eles reataram o relacionamento.

– No último sábado (10/8), Patrícia e o então companheiro, o médico Tancredo Neves, foram a um bar na cidade de Santo Antônio de Jesus (SAJ), no Recôncavo Baiano.

– Na madrugada de domingo (11/8), Tancredo passou com Patrícia pela BR-324 e, poucas horas depois, relatou ao Centro Integrado de Comunicações (Cicom) que Patrícia havia sido sequestrada. Ele chegou a registrar um boletim de ocorrência, por volta das 4h, na Delegacia Territorial de Amélia Rodrigues.

– Na manhã de domingo, o corpo de Patrícia foi encontrado no banco do carona do seu veículo, em uma área de mata no município de São Sebastião do Passé, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

– Logo após o corpo da vítima ser encontrado, Tancredo foi autuado em flagrante pelo crime de feminicídio.

– Na tarde de segunda-feira (12/8), o homem passou por audiência de custódia, onde revelou ter matado a delegada estrangulada com um cinto de segurança, alegando que o fez para se defender. “Foi o cinto [de segurança]. Ela veio para cima de mim e eu perdi a cabeça. […] Puxei para trás com a mão. Enrolou e puxou”, afirmou durante a audiência. Tancredo disse, ainda, que os dois discutiram e que ele pretendia terminar o relacionamento, o que Patrícia supostamente não aceitava.

– A versão do médico, contudo, é contestada. Patrícia e Tancredo Neves estavam com o casamento marcado para amanhã, quarta-feira (14), o que foi confirmado pelo cartório. A delegada queria desistir do matrimônio, o que teria motivado a discussão no carro que resultou na morte da mulher.

– Nesta terça-feira (13), a Delegada-Geral Heloísa Brito afirmou que já foram realizadas nove oitivas. Além disso, dados estão sendo checados com recursos de inteligência e tecnológicos. fonte: IB