Trump retoma estratégia de “pressão máxima” e impõe novas sanções contra exportações de petróleo do Irã
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump • Reuters
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (4) o retorno de sua política de “pressão máxima” sobre o Irã, intensificando as sanções econômicas contra o país persa. O objetivo principal é reduzir as exportações de petróleo iraniano a zero, limitando a principal fonte de receita do governo de Teerã.
Antes de se reunir com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Trump assinou um memorando que reestabelece medidas rígidas contra o Irã, semelhantes às aplicadas durante seu primeiro mandato. Segundo ele, a decisão foi “difícil”, mas necessária para impedir que o país desenvolva armas nucleares.
Trump acusou o presidente Joe Biden de afrouxar as restrições econômicas ao Irã, permitindo que Teerã aumentasse suas exportações de petróleo e financiasse grupos armados no Oriente Médio. Dados da Administração de Informação de Energia dos EUA apontam que o Irã arrecadou cerca de US$ 53 bilhões com a venda de petróleo em 2023, um volume significativamente maior do que nos anos em que Trump esteve no poder.
O memorando determina que o Departamento do Tesouro intensifique as sanções e puna empresas ou governos que tentem driblar as restrições. Além disso, orienta que o Departamento de Estado trabalhe para impedir qualquer comércio internacional de petróleo iraniano.
O Irã, por sua vez, nega estar desenvolvendo armas nucleares, mas autoridades internacionais alertam que o país tem aumentado o nível de enriquecimento de urânio para até 60%, um patamar próximo do necessário para fins bélicos.
Diante das possíveis consequências da nova política de sanções, a Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou que outros países da OPEP, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, possuem capacidade para suprir eventuais reduções na oferta de petróleo iraniano ao mercado global. fonte CNN Brasil