O difícil caminho da paz para Israel

Em busca de paz, Ariel Sharon, ex-primeiro ministro israelita, retirou os judeus de Gaza em agosto de 2005, que recebeu autonomia plena. Como se vê o grupo terrorista Hamas, distinto do Fatah da Cisjordânia, se tornou um centro de caos e morte. Como não representam palestinos nem árabes, são apoiados por gente de perfil semelhante e pelo cruel regime do Irã. A paz de Sharon não vingou. A situação piorou.
A Terra Prometida tem histórico complexo. Os judeus perderam Jerusalém na época romana (70/135), que, posteriormente, se tornou cidade bizantina cristã (325-638). Isso vai até a invasão muçulmana, no século 7. O domínio árabe é sucedido pelos cruzados (1099-1187) que são derrotados por Saladino e deixam a Terra em 1291. Até 1517 o domínio é mameluco. A partir do século 16, o Império Turco Otomano domina a região por 400 anos, até 1917, ocasião da derrota turca na Primeira Guerra. Isso trouxe o mandato britânico que vai até 1947. De fato nem judeus nem árabes governaram a Terra Santa e Jerusalém por séculos. A gestão britânica trouxe decorrências difíceis para a região.
A presença judaica sempre foi constante na terra, ainda que como minoria. O movimento sionista, decorrente do antissemitismo europeu, levou milhares de judeus para Israel no início do século 20. Ao mesmo tempo, os árabes, depois de sofrer sob domínio turco (milhares vieram para o Brasil), viam no novo momento a chance de governar a terra histórica e religiosamente importante para eles.
Sonhos e promessas para os dois povos não se definiram como se podia desejar. O barril de pólvora se acendeu. Os judeus acataram a resolução da ONU, rejeitada pelos árabes. Israel lutou para existir. A luta foi difícil nas guerras de 1948, 1967 e 1973. A cada vitória judaica, os árabes locais, palestinos, perdiam força, terras e fugiam como refugiados. Apesar da coalisão de países árabes contra Israel, o país saiu fortalecido em 1967 e 1973. Mas, os judeus que viviam por séculos em países muçulmanos tiveram que fugir. Quase 1 milhão deles se refugiou em Israel.
Os valores de Israel são vida, democracia, liberdade, tolerância. O Hamas se afasta de uma postura promissora. O problema palestino é interno. É gente querida liderada por quem os destrói. Vença a paz!